sábado, 3 de agosto de 2013

Vereador e presidente Carlos Moura anuncia independência da Câmara

Na ultima sexta-feira 2, o vereador e atualmente presidente da câmara de Aquidabã, cedeu uma bela e extensa entrevista ao programa “Agenda Comunitária” da rádio AquidabãFM 104.9 apresentado por Giovalênio Felix presidente da emissora. Durante o bate papo, Carlos Moura explanou ações que a câmara desenvolveu nos últimos 6 meses, entre elas estão a compra de novos computadores e material de informática, microfones com som de qualidade como também poltronas confortáveis e atualmente tem em caixa, mais de 15 mil reais para compra de um automóvel para uso exclusivo do poder legislativo, acrescentando que em breve os banheiros já estarão sendo construídos para atender a população que freqüenta o plenário José Felix de Sá.

O presidente da câmara anunciou outra noticia importantíssima para a população de nosso município, principalmente aos moradores dos povoados e jovens que usam a Internet, estou falando das transmissões das sessões pela rádio comunitária AquidabãFm. Com relação as especulações que a emissora tinha cobrado 3 mil reais para as transmissões, Carlos Moura deixou claro que “A verdade é uma só, em momento algum os diretores da rádio me procuraram para cobrar pelos serviços, ao contrario, se colocaram a disposição totalmente grátis, e olha que sei muito bem as dificuldades que vocês tem para manter essa radio porque já fiz parte” disse Carlos, emocionando-se em seguida depois que Leno convidou o mesmo para voltar a apresentar o programa Manhã sertaneja de 5h da manhã ás 7h no qual era apresentador antes de sua candidatura, “Fico muito feliz em ouvir esse convite, vocês não sabe a saudade que estou de acordar bem cedo e ouvir os pedidos musicais de meus amigos e amigas que estão ligados nessa emissora que sempre me tratou bem, lugar onde me fez o que sou hoje e fico emocionado em voltar ao que eu amo” ressaltou.

Mudando de assunto, Carlos Moura foi questionado se ainda fazia parte do grupo político do atual prefeito José Carlos Dos Santos, onde de forma brilhante respondeu que o grupo político que hoje faz parte chama-se “POVO DE AQUIDABÔ, explicando que em momento algum houve rompimento, já que os poderes são harmônicos independentes no que diz a constituição, “Não sou inimigo do prefeito Carlinhos, tenho gratidão ao grupo por ser escolhido para ser presidente da câmara, mas a constituição é clara, o prefeito tem responsabilidade de cuidar da prefeitura e o vereador e presidente Carlos Moura durante 2 anos tem a responsabilidade de cuidar da câmara de vereadores de Aquidabã que agora passa a ser independente” disse ele.

Durante a entrevista, houve várias participações importantíssimas que abrilhantaram o bate papo, entre elas a do professor de filosofia Gilmar que explanou um depoimento lindo no qual irei escrever agora:

“Quero deixar bem claro para todos que me ouvem neste momento, que, continuarei na trincheira de luta na defesa dos interesses permanentes dos mais humildes de nosso município. Como cidadão, é o mínimo que eu poderei fazer, tenho certeza que minha contribuição tenha ajudado ao longo dos anos nos debates, na construção de uma cidade que ofereça oportunidades para quem vive nela, porém, as vezes me dou conta que essa luta é envão solitária, ou melhor, de alguns poucos cidadãos corajosos, e por conta das decepções já pensei em recuar e me somar ao silêncio da maioria, mas a minha inquietação fala mais alto e me coloca como cidadão ativo atuando nos espaços de uma sociedade onde a maioria se cala por conta da conveniências pessoal. Perdoe-me esse desabafo, estou sendo sincero com a minha consciência, doa a quem doer.
Quanto aos infames e bajuladores do poder, deixo que o poço os julgue. Carlos Moura, tenho alguns janeiros a sua frente, e ao longo dessas quatro décadas venho acompanhando o comportamento do poder legislativo municipal, e eu gostaria de saber em qual momento político, essa câmara adotou uma postura de independência em relação ao chefe do executivo? Eu particularmente não me lembro.
Caro vereador, hoje com o acesso as informações, por mais simples que seja o cidadão, ele tem consciência da importância e do papel que tem a câmara de vereadores no cumprimento das deliberações, das matérias que eventualmente venham beneficiar ou não à sociedade, e por mais paradoxal que seja o eleitor que se refém em cobrar do vereador no qual ele votou, as propostas que foram prometidas durante a campanha eleitoral, mas sabe porque? Porque negociou o seu voto e o compromisso  do político com esse eleitor termina ai. Se eleito for esse vereador, negocia seu voto com o prefeito em trocas de cargos para contemplar sua família, e o eleitor que transformou seu voto em moeda de troca terá o desprezo merecido do poder publico. Essa pratica política coronelista fragiliza o legislativo e torna esse poder no apêndice do executivo, qualificando a corrupção e torna o executivo soberano e autocrático.
Lá no século XVIII, um cientista político em sua obra ressalta “quando o legislativo e o executivo se confundem numa só pessoa, não haverá espaço para a liberdade”, leis tirânicas seriam executadas tiranicamente, e a aliança entre o julgador e o executivo qualificaria a opressão. A tradição da nossa câmara municipal é conservadora, e a sua relação com o executivo sempre foi de subserviência, por conta das conveniências é como vereador cara de pau chamar primeira dama de mamãe! Essas e outras não republicanas, ilustram o grau de sujeira que permeam ambos poderes. O legislativo com esse perfil, perde a dignidade quando não fiscalizam possíveis escândalos da atual administração, por tanto, a câmara que não fiscaliza não tem hombridade moral para representar a sociedade que paga pesados impostos...”

A Câmara Municipal corresponde ao Poder Legislativo, ou seja, cabe aos seus componentes a elaboração de leis que são da competência do município (sistema tributário, serviços públicos, isenções e anistias fiscais, por exemplo). Os vereadores são importantes, também, porque lhes cabe fiscalizar a atuação do prefeito e os gastos da prefeitura. São eles quem devem zelar pelo bom desempenho do Executivo e exigir a prestação de contas dos gastos públicos. Uma função importante dos vereadores, porém desconhecida por boa parte da população, é a de funcionar como uma ponte entre os cidadãos e o prefeito, por meio de um recurso chamado indicação. Ele é uma requisição de informação ou providência que um vereador envia à prefeitura ou outro órgão municipal em nome do eleitor. Como não funcionam como leis, as indicações não exigem que o vereador faça consultas em plenário para apresentá-las ao prefeito. Cabe ao prefeito ou secretário atender ou não à solicitação, sem que para isso precise ser apresentado um projeto do vereador.

Essas são as funções primordiais de um representante do povo, e esperamos que agora o nosso legislativo entenda que o povo está de olho e não é burro!

“Fiquem espertos vereadores”

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